aqui vai a resposta, a tão merecida e esperada resposta, sobre meu comportamento em relação a relacionamentos, e a minha indiferença diante de fins e inícios de novas paixões:
há algum tempo atrás, presenteei a mim mesma com um desses brinquedinhos de fazer bolhas de sabão. por fora era lindo, tinha todas as cores do arco-íris e um formato prático de ser transportado, para que pudesse levá-lo comigo para onde quer que fosse. o sabão de dentro era da melhor qualidade, para que eu fizesse bolhas de todos os formatos e tamanhos.
após um tempo, passei a me apaixonar por aquela bolhas. umas menores que as outras, mas sempre brilhavam de alguma forma e refletiam para mim todas as luzes que eu queria ver. segundos depois elas estouravam, óbvio, e se transformavam em ar.
algumas bolhas maiores, brilhavam mais e levavam mais tempo a desaparecer. enquanto outras, menores, voavam mais longe e acabava por não vê-las mais, perdidas em meio às nuvens.
de qualquer forma, todas elas foram - e são - importantes pra mim, mas sempre estouram ou se perdem por aí.
guardo esse brinquedo com carinho para que possa me conceder alguns minutos de euforia, mesmo que poucos.
as bolhas sempre se vão.
preciso de um novo brinquedo que não se desfaça em questão de segundos e que me mantenha feliz por tempo infindável.