quarta-feira, 1 de agosto de 2007

De repente...

É rápido demais! Chega a assustar!
Pegue as fotos, cara. Olhe uma por uma: aquela menininha, loirinha dos olhos azuis, super bochechuda, super serelepe...
Aquela criança que tinha medo de fechar as portas e deixar as luzes apagadas.
Que não queria ficar sozinha, de maneira alguma!
Aquela que sonhava com qual seria sua próxima boneca, sua próxima diversão.
Uma menininha sem malícia, sem vergonha e timidez, sem arrependimentos...
Morria de ciúmes de qualquer um que tentasse tomar o que era seu, qualquer um mesmo!
Não tinha pretensões, não fazia planos pro futuro.
Vivia naquele mundinho utópico, irreal, fantasioso.
Aí vira aquela menina que já se destaca entre as outras, aquelas que se comporta com um menininho, desses bem bagunceiros!
Aquela menina que quer jogar futebol, basquete e colecionar álbuns de figuras de ação.
Vibra quando começa seu desenho preferido, e nem sente mais tanto medo de tudo.
Uns 12 anos, e ela já sente as mudanças, e começa a se assustar.
O primeiro beijo, o primeiro "amor", as primeiras festinhas e um início de adolescência meio turbulento.
Cenas como aquelas que se repetem até hoje: quarto frio, cama bagunçada, cabeça amassada no travesseiro, ensopado, de tantas lágrimas.
Um diário, talvez seu melhor amigo - um dos poucos que ainda confiava -, era sempre o "baú" de tristezas.
Talvez problemas que nem existissem, mas que causavam um impacto tremendo. Claro que essa menininha perdeu uns 3 anos de vida, só inventando esses problemas.
Já conhece muito da vida, que muita gente por aí. Já se arrependeu tanto, de tanta coisa. Já fez tanta coisa que não precisava ser feita.
Uma vida precoce, diga-se de passagem. Mas uma vida que ensinou, que derrubou, mas ao mesmo tempo estendeu as mãos, fazendo com que a menininha desse a "volta pelo meio" (Claro, ela tinha que fazer sua parte, também) e o resto foi só esforço dela mesma.

Aí, em uma tarde comum, essa menininha pára pra pensar e UAU, quanta coisa já se passou!
Então ela se vê cheia de responsabilidades e preocupações, até mesmo com aqueles probleminhas bestas, e dispensáveis.
Já tem que ter noção de como serão os dias à partir de agora; já tem que imaginar um futuro bom, diferente, produtivo; já tem que definir uma carreia profissional; já tem que pensar em filhos, maridos (claro, quem disse que ela quer se casar só uma vez?!) e uma casa bem linda, não, duas: uma na praia e outra na cidade...melhor ainda, três casas, bem lindas: cidade, praia e campo (de preferência um campo bem frio e verde!); já não poderá perder mais horas e horas numa salinha fria de computador, ouvindo suas músicas preferidas, fuçando em fotologs, orkuts, e etc; vai ter uma vida "sozinha", uma vida tão dela.

Claro que essa menininha sou eu, né?! E claro que isso foi só um desabafo.
Quem disse que eu tô tão preocupada assim?
Já disse que não vou me preocupar não, deixa que o mundo cuida disso por mim!


"Se quer saber: deixa estar!"